quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Bolsa fecha em alta de 2,33% com notícias de empresas

20/02/2008 - 18h31

São Paulo - A inflação em alta nos Estados Unidos e a ata pouco animadora divulgada hoje pelo banco central americano (Federal Reserve, ou Fed) não foram impeditivos para a Bolsa de Valores de São Paulo recuperar hoje o patamar perdido de 63 mil pontos, no qual não fechava desde 10 de janeiro passado. As boas notícias corporativas deram gás aos negócios no pregão doméstico, que ainda contou com um boato de iminente "grau de investimento" para o Brasil para subir, além dos ganhos em Wall Street para reforçar a tendência.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, encerrou o pregão com ganho de 2,33%, aos 63.747,5 pontos. Na mínima do dia, bateu em 61.634 pontos (-1,06%), e na máxima, em 63.780 pontos (+2,38%). O resultado de hoje quase conseguiu devolver todas as perdas acumuladas em 2008: até hoje, a Bovespa registra baixa de 0,22%. Em fevereiro, os ganhos atingem 7,16%. O volume financeiro negociado contabilizou R$ 5,99 bilhões.

Ontem à noite, a Bovespa e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) anunciaram o início de conversas sobre a viabilidade de uma fusão de suas operações. Os papéis dispararam (10,19% e 15,41%, respectivamente) e acabaram entusiasmando investidores a saírem atrás de outras ações. Algumas das opções foram Braskem, Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e Vale, além de papéis de segunda linha que estavam com preços defasados.

Braskem PNA subiu 5,79% depois do anúncio de lucro 561% maior em 2007, enquanto a Cesp PNB ganhou 4,34%, inflada pelas notícias sobre sua privatização. O governo de São Paulo fixou que o preço mínimo será de R$ 49,75 por ação, o que significa pelo menos R$ 6,6 bilhões aos cofres públicos, se a empresa sair pelo piso.

Já a Vale continua em alta ainda por causa do ótimo porcentual de reajuste do minério de ferro acertado com siderúrgicas asiáticas. A empresa também teria elevado sua proposta pela Xstrata para 47 libras esterlinas por ação, depois que sua primeira oferta, de 40 libras foi rejeitada. Vale PNA avançou 3,35% e Vale ON ganhou 3,61%.

Apenas três ações da carteira teórica do Ibovespa fecharam em baixa: Duratex PN caiu 2,25%, Lojas Renner ON cedeu 1,99% e Cyrela ON recuou 0,38%.

As notícias domésticas permitiram à Bovespa exibir uma alta bem mais firme do que as bolsas norte-americanas que, no entanto, não se deixaram abater pelo índice de preços ao consumidor mais alto do que as previsões nem pela ata pouco otimista do Fed. A inflação no varejo subiu 0,4%, 0,1 ponto porcentual acima das estimativas, enquanto o Fed avisou que está preocupado com este repique inflacionário, embora creia que ele deva se moderar.

Apesar disso, deixou claro que, quando a economia voltar a se recuperar, pode ser necessário subir rapidamente os juros. Por enquanto, o mercado ainda prevê redução de 0,50 ponto porcentual na taxa básica, para 2,5% ao ano, no encontro de março.

O índice nova-iorquino Dow Jones fechou em alta de 0,73%, o S&P, de 0,83%, e o Nasdaq, de 0,91%. Nem mesmo a alta, novamente, do petróleo atrapalhou. O contrato para março do petróleo negociado em Nova York avançou 0,73%, a US$ 100,73, novo preço recorde.

Claudia Violante

UOL

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.