sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ibovespa recua 2,25% com tensões sobre Dubai

SÃO PAULO - Em uma sessão marcada pela tensão entre os agentes com a possibilidade de default (calote) em Dubai, o mercado de ações marcou hoje a primeira baixa em quatro dias, com o Ibovespa fechando o pregão em queda de 2,25%, aos 66.391 pontos. O principal índice de ações da bolsa operou em terreno negativo desde a abertura da sessão e chegou a perder 2,48%, na mínima do dia de 66.235 pontos.

Sem o apoio dos mercados americanos, fechados em razão do feriado de Ação de Graças, o movimento financeiro da bolsa foi fraco, somando R$ 3,868 bilhões. O pregão, no entanto, não foi tão tranquilo como esperavam muitos agentes.

A notícia de que o fundo de investimentos estatal Dubai World - com dívidas estimadas em US$ 60 bilhões - vai pedir mais seis meses para honrar seus compromissos com credores voltou a trazer receios sobre o sistema financeiro, em um momento de restauração da confiança no setor após a crise subprime.

Para André Perfeito, economista da Gradual, ainda é prematuro fazer qualquer comparação com os eventos de setembro do ano passado, quando a quebra do Lehman Brothers deflagrou a crise financeira em sua fase mais aguda. No entanto, o analista acredita que a notícia de hoje pode prejudicar o processo de recuperação da confiança nos bancos, algo que custou centenas de bilhões de dólares aos governos europeu e norte-americano.

A possibilidade de exposição de bancos da Europa ao passivo da Dubai World centrou a preocupação dos investidores nos mercados do continente nesta quinta-feira. Perfeito diz que as notícias sobre o fundo dos Emirados Árabes continuarão norteando os investimentos nos próximos dias. Amanhã, será a vez das bolsas de Nova York sintetizarem a notícia. " Vamos ficar ao sabor desse evento por um tempo " , diz o analista da Gradual. Entre as ações da maior liquidez da bolsa, os papéis ligados a commodities, siderurgia e setor bancário mostraram ajuste para baixo. Em linha com a desvalorização do petróleo, a ação preferencial da Petrobras recuou 2,53%, a R$ 38,45. Por sua vez, a PNA da Vale teve desvalorização de 2,98%, a R$ 48,80.

Em siderurgia, a ação PN da Gerdau, empresa brasileira do setor mais exposta ao mercado internacional, recuou 2,56%, a R$ 27,77. Na sequência, a ação PNA da Usiminas caiu 1,94%, a R$ 50,50, e o papel ON da CSN perdeu 1,57%, a R$ 58,59.

No setor bancário, as baixas foram mais expressivas, a começar pela ação PN do Itaú Unibanco, que teve declínio de 3,27%, a R$ 37,52. O papel PN do Bradesco caiu 2,22%, a R$ 35,54, enquanto a ação ON do Banco do Brasil fechou o pregão em queda de 2,07%, a R$ 30,19.

(Eduardo Laguna | Valor)

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.