sábado, 12 de julho de 2008

Informação Privilegiada: Grampo indica que Nahas sabia de novo campo da Petrobras

da Folha Online

Hoje na Folha Reportagem de José Ernesto Credendio publicada neste sábado na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) informa que o investidor Naji Nahas lucrou pelo menos 8,2% com ações da Petrobras em uma semana com uso de informações privilegiadas sobre a descoberta do megacampo de petróleo na bacia de Santos.

Nahas foi preso na última terça-feira (8) durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investiga os crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para a obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras.

Segundo a reportagem, gravações da PF mostram Nahas sendo orientado por um operador de Bolsa a comprar ações da Petrobras entre os dias 7 e 8 de abril deste ano. Na época, os papéis da estatal estavam em baixa, segundo o interlocutor.

O advogado Sérgio Rosenthal, que defende Nahas, disse que vai analisar os CDs com as gravações a partir de segunda-feira.

Investigações

Segundo a PF, as investigações começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 6ª Vara Criminal Federal.

Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos. Com base nas informações e em documentos colhidos em outras investigações da Polícia Federal, os policiais apuraram a existência de uma organização criminosa, supostamente comandada por Daniel Dantas, envolvida com a prática de diversos crimes.

Para a prática dos delitos, o grupo teria possuído empresas de fachada. As investigações ainda descobriram que havia uma segunda organização, formada por empresários e doleiros que supostamente atuavam no mercado financeiro para lavagem de dinheiro. O segundo grupo seria comandado pelo investidor Naji Nahas.

Além de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, a organização teria atuado no mercado paralelo de moedas estrangeiras. Há indícios inclusive do recebimento de informações privilegiadas sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprova fusão de BM&F e Bovespa

da Folha Online

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta quarta-feira a fusão entre a Bovespa Holding e a BM&F, anunciada em março.

A fusão das Bolsas cria a terceira maior bolsa do mundo --atrás da Bolsa de Frankfurt (Alemanha) e da Chicago Mercantile (EUA)-- e a segunda maior Bolsa das Américas.

As empresas protocolaram, no último dia 4 de julho, pedido de registro de companhia aberta junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Após essa resposta, esperada para agosto, as ações das duas poderão ser unificadas negociações do mercado financeiro.

A parceria entre Bovespa e BM&F deverá resultar em economia de 25% das despesas operacionais até 2010. Atualmente, por ano, as duas empresas somam R$ 500 milhões em gastos e prevêem ter uma economia de R$ 100 milhões por ano, em média.

O presidente do conselho de administração da nova companhia, Gilberto Mifano, afirmou na semana passada que, a despeito da crise mundial da economia, os investimentos no mercado financeiro brasileiro continuarão em um patamar alto, ainda que em menor volume do que o constatado no ano passado.

Sobre os papeis da nova companhia, Mifano afirmou que, do ponto de vista do investidor de uma das companhias, a fusão permitirá que as ações tenham mais liquidez. Ele disse ainda que, do ponto de vista do preço, pode haver algum avanço, mas que esse não é o ponto principal, em relação às ações da nova companhia.

Mifano disse que o cenário para 2008 é positivo, mesmo admitindo a retração no número de empresas que abriram capital na Bovespa este ano. Segundo ele, 35 empresas fizeram registro para abrirem capital, mas 31 desistiram. Até aqui, apenas quatro companhias fizeram tal procedimento, número bem abaixo em relação a 2007, quando houve 64 aberturas de capital.

O executivo confirmou que a redução de custos da nova empresa implicará no corte de pessoal, que tem peso de 30% no total da Bolsa. Em três anos, 25% dos 1.400 funcionários que as duas companhias mantém serão despedidos. O corte já começou ontem, com a redução do Conselho de Administração da BM&F Bovespa, de 18 para 11 integrantes.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.