sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ibovespa recua 2,25% com tensões sobre Dubai

SÃO PAULO - Em uma sessão marcada pela tensão entre os agentes com a possibilidade de default (calote) em Dubai, o mercado de ações marcou hoje a primeira baixa em quatro dias, com o Ibovespa fechando o pregão em queda de 2,25%, aos 66.391 pontos. O principal índice de ações da bolsa operou em terreno negativo desde a abertura da sessão e chegou a perder 2,48%, na mínima do dia de 66.235 pontos.

Sem o apoio dos mercados americanos, fechados em razão do feriado de Ação de Graças, o movimento financeiro da bolsa foi fraco, somando R$ 3,868 bilhões. O pregão, no entanto, não foi tão tranquilo como esperavam muitos agentes.

A notícia de que o fundo de investimentos estatal Dubai World - com dívidas estimadas em US$ 60 bilhões - vai pedir mais seis meses para honrar seus compromissos com credores voltou a trazer receios sobre o sistema financeiro, em um momento de restauração da confiança no setor após a crise subprime.

Para André Perfeito, economista da Gradual, ainda é prematuro fazer qualquer comparação com os eventos de setembro do ano passado, quando a quebra do Lehman Brothers deflagrou a crise financeira em sua fase mais aguda. No entanto, o analista acredita que a notícia de hoje pode prejudicar o processo de recuperação da confiança nos bancos, algo que custou centenas de bilhões de dólares aos governos europeu e norte-americano.

A possibilidade de exposição de bancos da Europa ao passivo da Dubai World centrou a preocupação dos investidores nos mercados do continente nesta quinta-feira. Perfeito diz que as notícias sobre o fundo dos Emirados Árabes continuarão norteando os investimentos nos próximos dias. Amanhã, será a vez das bolsas de Nova York sintetizarem a notícia. " Vamos ficar ao sabor desse evento por um tempo " , diz o analista da Gradual. Entre as ações da maior liquidez da bolsa, os papéis ligados a commodities, siderurgia e setor bancário mostraram ajuste para baixo. Em linha com a desvalorização do petróleo, a ação preferencial da Petrobras recuou 2,53%, a R$ 38,45. Por sua vez, a PNA da Vale teve desvalorização de 2,98%, a R$ 48,80.

Em siderurgia, a ação PN da Gerdau, empresa brasileira do setor mais exposta ao mercado internacional, recuou 2,56%, a R$ 27,77. Na sequência, a ação PNA da Usiminas caiu 1,94%, a R$ 50,50, e o papel ON da CSN perdeu 1,57%, a R$ 58,59.

No setor bancário, as baixas foram mais expressivas, a começar pela ação PN do Itaú Unibanco, que teve declínio de 3,27%, a R$ 37,52. O papel PN do Bradesco caiu 2,22%, a R$ 35,54, enquanto a ação ON do Banco do Brasil fechou o pregão em queda de 2,07%, a R$ 30,19.

(Eduardo Laguna | Valor)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Bovespa salta quase 6%, maior alta diária desde maio; Vale dispara 8,6%


Da Redação, em São Paulo

(Texto atualizado às 19h10)

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deu um salto de 5,91% nesta quinta-feira e fechou aos 63.720,58 pontos. Foi melhor desempenho diário desde 4 de maio, quando a alta havia sido de 6,59%.

O resultado de hoje ocorre justamente depois de fortes quedas no mercado brasileiro, que acumulou perda de 7,56% na terça e na quarta-feira. No mês, a valorização acumulada está em 3,58%; no ano, em 69,69%.

A cotação do dólar comercial caiu 1,37% e encerrou o dia a R$ 1,731 na venda, interrompendo uma sequência de três altas. O mercado de ações brasileiro refletiu a notícia de que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos subiu 3,5% no segundo trimestre (analistas previam 3,3%, em média, segundo pesquisa da agência Reuters), e o balanço de empresas, inclusive da brasileira Vale (VALE5).

Euforia nos EUA

"A economia emergiu com gosto da pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial", comentou Harm Bandholz, economista do UniCredit Markets and Investment Banking, em Nova York.

"Esse PIB americano mudou o mercado, que vinha preferindo realizar lucros", disse Raffi Dokuzian, superintendente da Banif Corretora, no Brasil. "Os resultados de empresas também ajudaram".

Os balanços trimestrais das empresas Procter & Gamble e Motorola trouxeram dados melhores que o previsto, contribuindo positivamente para os mercados de ações.

Brasil: ações saltam

No Brasil, as ações da Vale, segunda maior da Bovespa, subiram 8,59%. Ontem à noite, a empresa informou que seu lucro do terceiro trimestre despencou 61,3% em relação ao mesmo período de 2008, devido à queda dos preços dos metais, mas já mostrou recuperação em relação ao começo deste ano.

"A geração de caixa (da Vale) ficou acima das projeções", disse a Itaú Corretora, em relatório. "Reiteramos o panorama positivo para o minério de ferro", acrescentou.

Seguindo esse movimento, outras companhias ligadas a metais também se destacavam. A MMX (MMXM3), de Eike Batista, avançou 12,35%.

Fora do Ibovespa (o indicador que reúne as ações mais negociadas do país), outro destaque positivo deste pregão foi a Visanet (VNET3), com uma alta de 5,85%, depois de a companhia de meios eletrônicos de pagamento ter anunciado, também ontem à noite, que teve no terceiro trimestre um lucro líquido 34,8% superior ao registrado no mesmo período de 2008, devido ao aumento do uso de cartões de débito e de crédito.

As ações da Petrobras (PETR3), maior empresa do país, subiram 3,85%.

(Com informações da Reuters)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Bovespa fecha em alta nesta terça-feira e bate novo recorde do ano

Uol
Da Redação
Em São Paulo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,48% nesta terça-feira, aos 62.670,59 pontos, novamente batendo o recordo de pontuação do ano. A última vez em que a Bovespa fechou acima desse patamar foi em 1º de julho do ano passado (63.396,19 pontos). Em 2009, a alta acumulada é de 66,9%.

A cotação do dólar comercial caiu 0,62% e encerrou o pregão a R$ 1,751 na venda.

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Durante a tarde, o mercado brasileiro de ações ficou oscilando entre o nível positivo e o negativo. A hesitação ocorreu porque, por um lado, havia um clima otimista com o fato de que o mercado brasileiro tem atraído investidores estrangeiros; por outro, a Bolsa nacional já subiu por dois pregões seguidos na contramão de Nova York.

"O dinheiro de estrangeiros segue entrando fortemente na Bolsa. Em setembro, foram R$ 4 bilhões. Até a escolha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016 ajudou na alta", disse o profissional da área de opções de uma importante corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado.

"Mas na faixa de 65 mil, 66 mil pontos, há uma resistência de longo prazo forte no gráfico do Ibovespa", ponderou.

(Com informações da Reuters)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Santander lançará na Bolsa 16% de sua filial brasileira por até R$ 13 bi

Madri, 21 set (EFE).- O Banco Santander informou hoje que lançará na Bolsa 16,21% de sua filial brasileira em um valor que vai oscilar entre 4,34 bilhões de euros (US$ 6,4 bilhões ou R$ 11,5 bilhões) e 4,93 bilhões de euros (US$ 7,2 bilhões ou R$ 13 bilhões).

A operação será realizada no dia 7 de outubro em Nova York e no dia seguinte na Bolsa de São Paulo.

Trata-se de uma oferta de units ou certificados de depósito e se estima que o preço de cada um ficará entre R$ 20 e R$ 25, segundo o folheto da operação, registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

Isto representa avaliar o banco brasileiro entre 26,774 bilhões e 30,413 bilhões de euros (entre US$ 38,822 bilhões e US$ 44,098 bilhões), explicaram à Agência EFE fontes do Santander.

As novas ações de Santander Brasil serão cotadas também na Bolsa de Nova York, em forma de ADRs (American Depositary Receipt), o instrumento que as empresas estrangeiras precisam para inscrever suas ações na Bolsa americana.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Bovespa ultrapassou os 60 mil pontos e dólar caiu a R$ 1,80 ontem

Valor

SÃO PAULO - Mais indicadores positivos sobre a economia americana e a crescente confiança na recuperação da economia mundial garantiram um pregão positivo para os mercados brasileiros na quarta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) centrou as atenções ao superar os 60 mil pontos por volta das 12h30 e seguiu avançando até fechar aos 60.410 pontos, alta de 1,94%. Tal pontuação é a maior desde 21 de julho do ano passado, quando o Ibovespa marcou 60.771 pontos. Com mais essa alta, o ganho acumulado no chega a 60,88%. Destaque para o volume financeiro de R$ 7,01 bilhões, o maior desde 23 de julho para dias sem vencimento de opções e índice. Também foi registrado novo recorde em número de negócios, foram mais de 488 mil transações, superando as 444.351 registradas em 15 de julho.

Atingida a " meta " do ano, a pergunta que fica é: para que lado a bolsa vai agora? Análise gráfica realizada pela InTrader coloca o próximo ponto de resistência na casa dos 62.500 pontos. " É difícil falar se vai buscar esse ponto em breve, afinal são mais de 2 mil pontos. Mas o importante é que a trajetória continua de alta " , diz Renato Tavares, assessor de investimentos da InTrader.

Para o analista técnico da corretora Souza Barros, Eduardo Matsura, não dá para traçar parâmetro para até onde o índice pode subir. A máxima a ser seguida, segundo ele é: " na falta de evidência de reversão você continua comprado, segue a tendência " .

Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), os índices também marcaram novas máximas para o ano, seguindo a divulgação de maior produção industrial e inflação ao consumidor.

Ainda ecoaram pelo mercado as declarações feitas na terça-feira, pelo presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, Ben Bernanke, de que é provável que a recessão tenha terminado nos EUA.

Em Wall Street, o Dow Jones subiu 1,12%, aos 9.791. O S & P 500 avançou 1,53%, para 1.068 pontos. Já o Nasdaq teve ganho de 1,45%, a 2.133 pontos. No câmbio, o dólar continuou perdendo valor para o real, mas a linha de R$ 1,80 ainda foi respeitada. Segundo o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, a baixo preço da divisa, que bateu mínimas a R$ 1,975, chamou os compradores ao mercado, o que acabou limitando as perdas do dia. O dólar comercial fechou a R$ 1,798 na compra e R$ 1,800 na venda - ainda assim, baixa de 0,38%. Tal valor marca nova mínima para o ano é o menor já registrado desde 22 de setembro do ano passado, quando a moeda fechou a R$ 1,792.

Na roda de " pronto " da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), a divisa furou o R$ 1,80. A moeda fechou a R$ 1,7997, baixa de 0,42%. O volume ficou em US$ 198,25 milhões, quase o dobro do registrado na terça-feira. No interbancário os negócios somaram US$ 2,4 bilhões. O dia foi bastante movimento no mercado de juros futuros. O volume negociado foi elevado e as taxas voltaram para patamares não registrados em dois meses. O motivo para tal agitação é o mesmo que leva as bolsas para as máximas e o dólar para as mínimas. A questão é que quanto antes a economia se recuperar, mais cedo o Banco Central, o Fed e outras autoridades monetárias devem abandonar o viés expansionista de política monetária. " O mercado de juros anda na contramão de outros mercados. Recuperação da economia aponta para alta de juros " , explicou operador de mercado que preferiu não se identificar.

No entanto, o especialista acredita que ainda é cedo para pensar em mudança nas taxas de juros tanto no Brasil quanto em outros países. Segundo ele, é pouco provável que as autoridades monetárias coloquem a recuperação em risco.

Também há fatores técnicos por trás da acentuada alta nos prêmios de risco. O operador disse que os indicadores de inflação nos Estados Unidos e os dados de emprego no Brasil pegaram muitos investidores vendidos, que se viram obrigados a zerar posições. Na agenda doméstica, o destaque ficou com a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que mostrou a criação de 242.126 postos formais em agosto. Melhor resultado do ano e sétimo mês consecutivo com variação positiva. A abertura de novas vagas também superou ligeiramente a registrada em agosto de 2008, quanto foram contabilizados 239.123 postos.

Ao final do pregão, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2011, o mais líquido do dia, apontava alta de 0,15 ponto, a 9,90%. O vencimento para janeiro de 2012, segundo mais negociado, ganhou 0,20 ponto, para 11,25%. E janeiro de 2013 projetava 11,91%, valorização de 0,13 ponto.

Entre os vencimentos curtos o ajuste foi menos acentuado, janeiro de 2010 caiu 0,01 ponto, a 8,66%. Julho de 2010, que divide as apostas quanto à possibilidade de alta na Selic no primeiro ou no segundo semestre, acumulou 0,07 ponto, projetando 8,99%. E outubro de 2009 permaneceu estável, projetando 8,64%.

Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 771.755 contratos, equivalentes a R$ 68,11 bilhões (US$ 37,66 bilhões), o dobro do registrado na terça-feira e maior volume desde 23 de julho. O vencimento para janeiro de 2011 foi o mais negociado, com 362.115 contratos, equivalentes a R$ 32,08 bilhões (US$ 17,74 bilhões). (Eduardo Campos | Valor Online)

sábado, 29 de agosto de 2009

Veja como enriquecer na bolsa seguindo passos de banqueiros suíços


da Folha Online

Fuja da opinião da maioria; ela provavelmente está errada. Se não deu certo da primeira vez, esqueça. Jamais leve seus planos de longo prazo muito a sério. Evite fixar raízes e, quando as coisas começarem a dar errado, não reze. Abandone o barco imediatamente. Quem não está preocupado não está arriscando bastante.

Reprodução
Livro ensina a investir com dicas práticas de especuladores suíços


Livro ensina a investir com dicas práticas de especultadores suiços
I

Estas são algumas das máximas de "Os Axionas de Zurique! que, através de um guia de normas de conduta do mundo da especulação, ensina como investir --seja no mercado de ações, imobiliário, de artes ou qualquer outro-- e ganhar dinheiro com isto.

O livro, da editora Record defende que a melhor maneira para alguém ficar rico é especular. Expor-se deliberadamente aos riscos e saber muito bem como administrá-los. Exatamente como fazem os suíços, que são "os investidores, especuladores e jogadores mais espertos do mundo", nas palavras de Max Gunther, autor do livro.

A maneira de agir destes bem-sucedidos negociadores está dividida em capítulos no livro e explicada em texto claro e de leitura fácil. Estas regras foram decodificadas por um grupo de suíços --entre eles o pai do autor-- que decidiram ganhar dinheiro depois da Segunda Guerra Mundial. Formaram uma espécie de clube, em que discutiam riscos e tinham a convicção de que ninguém fica rico através de salário. Esses homens e mulheres enriqueceram e os preceitos adotados por eles deram origem aos Axiomas.


Os suíços gostam de arriscar

De acordo com o autor, a disposição para arriscar nos negócios é praticamente uma característica do povo suíço. Com um território menor do que o estado do Rio de Janeiro, um clima e uma topografia inóspitos a quase todo o tipo de cultura e sem petróleo, a Suíça é um dos países mais ricos do planeta. Como? Seguindo estes métodos e princípios de especulação que funcionam em qualquer lugar, sob qualquer perspectiva econômica.

Para começar, o autor afirma que é preciso saber entrar no jogo do mercado, já que qualquer ganho sempre implica um certo risco material ou emocional. Partindo deste princípio, ele expõe as "12 profundas e misteriosas regras", que contradizem boa parte dos clichês do aconselhamento financeiro e podem parecer bastante assustadoras à primeira vista.

Assim, por exemplo, um dos Axiomas de Zurique diz que não basta ser otimista, mas é preciso saber como agir quando um investimento não dá certo. A isto o autor chama de confiança. Ter a certeza de que, vez ou outra, as coisas vão dar errado. Quando isto acontecer, deve-se cair fora rápido, sem hesitações --eis outro Axioma.

Entre os 12 grandes princípios há também outros 16, menores e relacionados aos primeiros. E, ao final de cada capítulo, um pequeno resumo retoma as bases do Axioma exposto. E os banqueiros suíços garantem "Os Axiomas de Zurique" não são apenas uma filosofia da especulação, são marcos para uma vida de sucesso.

"Os Axiomas de Zurique"

Autor: Max Gunther
Editora: Record
Páginas: 160



Descrição O sistema bancário suíço é um dos mais misteriosos e ricos do mundo. Milionários de todos os continentes aplicam no país não só pelo anonimato oferecido como por suas instituições financeiras. Estão interessados na rentabilidade obtida pelos banqueiros da Suíça. Investidores que sabem como poucos ganhar dinheiro através de métodos e princípios que funcionam em qualquer lugar, sob quaisquer condições econômicas. Max Gunther revela os segredos de um grupo exclusivo de homens que, depois da Segunda Guerra Mundial, resolveu ganhar dinheiro investindo em várias frentes, de ações a imóveis, de commodities a moedas estrangeiras. Ganharam muito e transformaram a Suíça em um dos países mais abastados. "Os Axiomas de Zurique", da editora Record, apresenta as regras e princípios infalíveis que esses banqueiros estabeleceram para diminuir riscos e aumentar lucros. É só seguí-los e você alcançará resultados impressionantes em todos os seus investimentos.

Quando for investir, fuja da opinião da maioria, ensina livro

da Folha Online

Você com certeza já deve ter escutado que "mais vale um pássaro na mão que dois voando". Alguém também certamente já o aconselhou, no setor financeiro, a ter uma carteira de investimentos diversificada ou que só se deve arriscar o que sabe que pode perder.




Porém, na hora de investir, esqueça todas essas "verdades" aclamadas como inquestionáveis. Elas provavelmente estão erradas e não ajudarão você a ganhar dinheiro de verdade. Quem afirma é Max Gunther, autor do livro, "Os Axiomas de Zurique" da editora Record.

O livro é um guia para quem deseja ganhar dinheiro no mercado financeiro e compila as normas de conduta que regem o modo de agir dos bem-sucedidos investidores suíços.

À primeira vista, este código pode parecer assustador, pois não hesita em afirmar o oposto do que as cartilhas de consultoria financeira ditam. Por exemplo, os Axiomas aconselham o investidor a fugir daquilo que a maioria encara como verdade absoluta. Este é o décimo Axioma de Zurique, que você pode conferir na íntegra abaixo:

*

O 10º Grande Axioma:
DO CONSENSO
Fuja da opinião da maioria.
Provavelmente está errada.

René Descartes foi campeão mundial da dúvida. Teimosamente, recusava-se a acreditar em qualquer coisa até que a tivesse verificado pessoalmente. Este foi um dos traços que fez dele um bem sucedido jogador-especulador. Morreu há mais de trezentos anos, mas o especulador moderno aproveitará muito - além de passar várias noites agradáveis - da leitura da obra desse encantador homenzinho feioso, com seus olhos negros e penetrantes, o nariz feito um crescente, e dotado de um gigantesco intelecto.

Descartes começa a sua filosofia duvidando de tudo, literalmente, inclusive da existência de Deus, do homem e de si próprio. As autoridades religiosas da sua França natal ficaram furibundas, de maneira que foi melhor ele fugir para os Países Baixos. Continuando a recusar o que outros queriam vender-lhe como verdade, ele buscou meios de descobrir a verdade através dos seus próprios sentidos e experiências. Finalmente, deu com o que considerou uma verdade básica e indiscutível: "Cogito, ergo sum'', ou seja: "Penso, logo existo.'' Agora convencido de que não era apenas um fantasma dos seus próprios sonhos, Descartes continuou a comprovar ou rejeitar outras verdades postuladas. No processo, fez importantes contribuições à matemática, e construiu uma filosofia que, pela pura lucidez do seu pensamento, não foi superada em três séculos - e, na minha opinião, nunca teve concorrentes, sequer quem se lhe aproximasse. No mesmo impulso, também, tanto como hobby quanto porque gostava de vinhos caros e de outros luxos, Descartes estudou cientificamente os jogos.

Na primeira metade do século XVII, existiam umas poucas e mal organizadas bolsas de valores e de mercadorias. Descartes deixou-se fascinar pelo grande e ativo mercado de Amsterdã; se chegou a pôr o seu dinheiro ali, e em quantidades, não se sabe. Sabe-se, porém, que freqüentemente viajava a Paris, às vezes com papéis falsos para não ser preso como herege, a fim de jogar.

Para tomar dinheiro dos trouxas, havia disponíveis jogos de cartas, tabuleiros e roletas. Descartes gostava de jogos que, como o bridge e o pôquer hoje em dia, além de sorte implicavam cálculos matemáticos e psicologia. Estudava os jogos com o cuidado e o ceticismo costumeiros, rejeitando todos os clichês e lugares-comuns da sua época, insistindo em descobrir verdades e falácias por conta própria. Aparentemente, sempre voltava de Paris mais rico do que na ida, às vezes muito mais. Embora o único meio de vida conhecido, ao longo de toda sua vida de adulto, fosse uma modesta herança do pai, Descartes morreu financeiramente muito bem.

O truque, não se cansava ele de repetir em diferentes contextos, é rejeitar o que lhe dizem, até ter pensado tudo pela própria cabeça. Duvidava das verdades afirmadas por autoproclamados especialistas, e recusava-se até a ouvir a opinião da maioria. Escreveu ele: "Não existe praticamente nada que tenha sido afirmado por um sábio e não tenha sido contraditado por outro.'' E também: "Contar votos não serve de nada. Em qualquer questão difícil, é mais provável que a verdade seja descoberta por uns poucos do que por muitos.''

Foi com esta visão do mundo, arrogante talvez, e certamente solitária, que René Descartes freqüentou as mesas de jogo de Paris, das quais saiu rico. Um especulador bem sucedido só tem a ganhar dando atenção às palavras desse homenzinho duro, de olhar penetrante.

Na nossa era democrática, no nosso democrático lado do mundo, tendemos a aceitar sem críticas a opinião da maioria. Se um monte de gente diz que é assim, tudo bem, assim seja. É como nós pensamos. Se não temos certeza de alguma coisa, vamos contar os votos. Desde o primário aprendemos que a maioria está sempre certa. Nos EUA e em outras nações ocidentais, é quase uma religião, principalmente na França e na Inglaterra, ambos países com longas tradições de resolver problemas pelo voto popular. Se 75% das pessoas acreditam em alguma coisa, parece quase sacrilégio perguntar, ainda que num sussurro:

- Ei, esperem aí, será que não podem estar errados?

Guiemo-nos por Descartes: podem.

Nos EUA, é o voto que decide quem governa. É o único meio de fazê-lo. Pelo menos, é o único meio que os americanos aceitam sem briga. São treinados desde a infância a aceitar o desejo da maioria. Às vezes, há quem resmungue contra esse desejo - quem perde uma eleição reclama muito -, mas, no fundo, por trás de todo o som e toda a fúria, sempre se ouve o tema da democracia: "O povo falou. Não se pode iludi-lo. Se é isto que quer, deve estar certo.''

Essa humilde aceitação da opinião da maioria passa para a vida financeira. Não apenas são ouvidos economistas, banqueiros, corretores, assessores e outros especialistas, mas também as maiorias. E isto pode custar dinheiro, pois, como dizia Descartes, é mais provável que a verdade tenha sido encontrada por uns poucos do que por muitos.

Os muitos podem estar certos, mas as probabilidades são contra eles. Pare com o hábito de achar que todas as afirmativas muito repetidas são a verdade. "Um grande déficit orçamentário será a ruína da América'', diz quase todo mundo. É verdade? Talvez sim, talvez não. Descubra você mesmo. Tire suas próprias conclusões. "Na segunda metade da década, aumentarão a inflação e a taxa de juros.'' É mesmo? Não engula, simplesmente. Examine. Não deixe que a maioria manobre com você.

Estudando os outros Axiomas, vimos muitas coisas que são afirmadas por maiorias. Vale mais um pássaro na mão que dois voando. Mantenha uma carteira diversificada. Arrisque somente apenas o que pode se permitir perder. E assim por diante. Todos esses conselhos supostamente sábios fazem parte do consciente popular. Em qualquer coquetel ou reunião, é só trazer investimentos à discussão que os clichês logo aparecem. E, à medida que esses chavões vão sendo repetidos, quem estiver por perto balançará a cabeça, compenetradamente, e dirá:

- Exato. Perfeito! Excelente conselho!

A maioria das pessoas acredita que os antigos clichês são verdades indiscutíveis. Isto posto, vale a pena observar que a maioria das pessoas não é rica.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Estrangeiros tiram quase R$ 900 milhões da Bovespa no mês

Estrangeiros tiram quase R$ 900 milhões da Bovespa no mês

da Folha Online

Os investidores estrangeiros começaram a vender as ações compradas ao longo de quatro meses na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). É o que indica o saldo de investimentos por não-residentes, que aponta resultado negativo --de R$ 886,2 milhões-- pela primeira vez desde janeiro.

Em junho, até o pregão do dia 16, as vendas de ações por investidores estrangeiros somaram R$ 21,192 bilhões, ante compras no montante de R$ 20,305 bilhões.

No acumulado de janeiro a junho, o saldo ainda está positivo em R$ 10,314 bilhões. No ano passado, o saldo dos primeiros seis meses do ano estava positivo em R$ 6,65 bilhões.

Os estrangeiros respondem por cerca de 35% do giro financeiro da Bolsa todo mês. Analistas atribuem ao forte ingresso de capital externo nos últimos meses à recuperação dos preços das ações. De janeiro a maio, o índice Ibovespa, que reflete os preços dos papéis preferidos pelos investidores, saltou de menos de 40 mil para mais de 53 mil pontos, a reboque dos mais de R$ 10 bilhões deixados pelos aplicadores não-residentes.

Em junho, no entanto, analistas e investidores começaram a revisar a "euforia" que contaminou os mercados principalmente em abril e maio. As dúvidas sobre o ritmo de retomada da economia global estimularam um movimento que jargão se chama de "realização de lucros": a venda de ações que valorizaram rapidamente para embolsar os ganhos recentes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bovespa passa dos 53 mil pontos, maior nível desde agravamento da crise

Da Redação
Em São Paulo

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou esta quinta-feira em alta de 2,41%, aos 53.040 pontos. É a maior pontuação desde 19 de setembro do ano passado (há mais de oito meses), quando foram marcados 53.055 pontos.

Em setembro, a crise econômica global agravou-se. De lá para cá, a Bolsa chegou a afundar até os 29.435 pontos, em 27 de outubro. No auge do ano passado, antes da crise, a Bovespa atingiu o recorde de 72.952 pontos, há quase um ano, em 30 de maio. Neste ano, a Bolsa acumula ganhos de 41,25%.

A cotação do dólar comercial caiu 0,35% nesta quinta-feira, a R$ 2,009 na venda, completando o quinto dia seguido de queda. No mês, a desvalorização atinge 7,93%; no ano, 13,89%.

Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN subiu 2,69%, para R$ 34,65; Vale PNA avançou 1,66%, a R$ 32,90; Itaú Unibanco PN ganhou 0,97%, para R$ 32,00; BM & FBovespa ON aumentou 5,33%, cotada a R$ 11,05; e Bradesco PN se valorizou 2,66%, a R$ 30,39.

Em Wall Street, os agentes assimilaram uma série de indicadores econômicos e mais um leilão de títulos do Tesouro, que dessa vez não trouxe surpresa negativa, mostrando demanda robusta pela dívida americana. Ao final do pregão, o Dow Jones apontava alta de 1,25%, para 8.403 pontos. O S & P 500 subiu 1,54%, para 906 pontos, e o Nasdaq avançou 1,20%, a 1.751 pontos.

As Bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas em parte pela sensação de que o pior momento da crise já passou. Na China, os mercados não abriram em função de feriado.

Os dados sobre o comportamento das vendas no varejo do Japão vieram um pouco melhores do que o esperado pelos investidores.

Em abril, as vendas caíram 2,9% frente ao mesmo mês do ano anterior, segundo informações do Ministério do Comércio do Japão. A expectativa de alguns economistas era de um recuo de 3,3%.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou com alta de 0,13%, somando 9.451,39 pontos. Em Seul, o avanço foi de 2,21%, aos 1.392,17 pontos.

(Com informações de Reuters e Valor Online)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ganho na Bolsa pode não ser sustentável, dizem analistas

da Folha de S.Paulo

O mercado de ações costuma antecipar em seis meses, em média, a retomada da economia quando há uma retração. Mesmo assim, os analistas recomendam que os investidores sejam bastante cautelosos neste momento, pois a elevação das Bolsas de Valores no mundo nas últimas semanas pode não ser o início de um novo ciclo de ganhos no segmento financeiro, como todos os que perderam dinheiro nesta crise gostariam de acreditar.

Nos EUA, cuja Bolsa costuma ditar o rumo dos demais mercados em todo o planeta, ainda há razão para pessimismo.

O desemprego está no mais alto nível desde 1983, os preços das casas seguem com quedas recordes e ainda há significativas dúvidas sobre quais bancos continuarão de pé. O Fed, o BC americano, na ata da última reunião do seu comitê de política monetária, reduziu as suas expectativas de crescimento para o país no segundo semestre de 2009 e em 2010.

Em relatório recém-divulgado, o prestigioso instituto privado "Conference Board" alertou: se a economia americana se recuperar muito rapidamente, haverá risco de uma nova recessão em 2010, com a ameaça da volta da inflação com a política de juros baixos do Fed.

Por isso, muitos investidores preferem esperar sinais mais claros de que a pior crise financeira em décadas está realmente perto do fim antes de recomeçar a comprar ações.

O temor é o de que mais más notícias estejam por surgir nos próximos meses. Essa falta de convicção pode até ser considerada uma indicação de saúde do mercado, pois, uma vez que a Bolsa começa a subir, as pessoas rapidamente substituem o bom senso pela ganância, o que leva a tombos mais doloridos.

"Existe um consenso de que o PIB [Produto Interno Bruto] americano apresentará crescimento no terceiro trimestre", afirma Tim Ghriskey, diretor de investimentos da administradora de recursos Solaris Asset Management, em Bedford Hills, Nova York. "A preocupação é: isso pode ser ainda um pouco prematuro." Desde outubro, a Bolsa americana fez diversas tentativas de voltar a avançar somente para sofrer novas quedas logo depois.

A situação não é melhor no resto do mundo, onde ainda há poucas evidências do sucesso dos pacotes fiscais e de estímulo à atividade em reanimar a economia, embora todas as iniciativas nesse sentido sejam bem-recebidas. O plano anunciado pelo Japão de US$ 154 bilhões na quinta-feira passada é o mais recente exemplo.

Brasil

No Brasil, a Bovespa, que chegou ao seu patamar mínimo do ano, de 36.234 pontos, no dia 2 de março, fechou na última quinta-feira aos 45.538 pontos, que corresponde ao pico de 2009. Em quase um mês e meio, os ganhos são de 25%, repetindo o comportamento dos mercados globais.

A economia brasileira não está fraca como a americana ou a europeia, mas, ainda assim, o conselho dos especialistas é igual. "É preciso cuidado. Os níveis em que a Bolsa brasileira se encontra justificam a aplicação, não necessariamente pelas perspectivas futuras mas pelo preço dos papéis", diz Ricardo Fontes, consultor financeiro e professor do Ibmec São Paulo.

Ele ressalta, porém: "Estamos falando de um investimento de prazo mais longo, um ou dois anos. O cenário ainda está repleto de incertezas, portanto certamente haverá realizações de lucro pelo caminho, altos e baixos, de acordo com as informações que surgirem.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Manchete capciosa de O Globo insinua perda de 5 bi para o próprio Banco e logo se contradiz, ao afirmar que se refere a valor de mercado

Esta desvalorização das ações corresponde a um fenômeno psicológico e à especulação na Bolsa que certamente se reverterá em poucos dias, acompanhando o desempenho da Bolsa

O Globo

Manchete: Mudança de presidente faz BB perder R$ 5 bi em 2 dias
Na contramão da alta da Bolsa, ações do banco caem 10,75%

A mudança do presidente do Banco do Brasil levou a instituição a perder R$ 5,2 bilhões, em valor de mercado, em apenas dois dias. Na contramão da alta da Bolsa de Valores de São Paulo, as ações do BB caíram 2,82% ontem, acumulando perda de 10,75% em apenas dois dias. Para analistas, a tentativa do Planalto de usar o banco para forçar a queda de juros vai prejudicar os resultados do BB. Além disso, especialistas dizem que a simples troca no comando do banco, que será presidido por Aldemir Bendine, ligado ao PT, não levará à queda do spread bancário (diferença entre o custo de captação de dinheiro e a taxa dos empréstimos), como quer Lula. O primeiro ato do BB para reduzir o spread será nos empréstimos a microempresas, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. (págs. 1 e 17)

terça-feira, 3 de março de 2009

Manchete: Crise bilionária arrasa mercados

Correio Braziliense

A economia global entrou na fase dos megaprejuízos. Nas últimas semanas, pelo menos 30 multinacionais anunciaram perdas que, somadas, chegaram a US$ 383 bilhões em 2008. Ontem foi a vez de a AIG, a maior seguradora dos Estados Unidos, expor a sua debilidade financeira. Divulgou um rombo histórico no ano passado, mesmo após receber um socorro de US$ 150 bilhões do governo. O Tesouro norte-americano vai injetar US$ 30 bilhões para salvar a companhia sufocada pela crise. Segundo especialistas, as dificuldades das instituições financeiras atingem diretamente a renda e o crédito, dois componentes fundamentais para manter a atividade econômica. A onda de pessimismo varreu os mercados pelo mundo: a Bolsa de Nova York sofreu uma queda de 4,24% e atingiu o menor nível dos últimos 11 anos. A Bovespa também seguiu a tendência de baixa e encerrou o dia com um recuo de 5,1%. O dólar, por sua vez, retomou o movimento de alta e está cotado a R$ 2,44. (págs. 1 e 14)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Bovespa abre em alta, de olho no cenário externo

São Paulo - A decepção com a falta de detalhes do plano de ajuda do setor financeiro nos Estados Unidos, anunciado ontem à tarde, está no ar, mas o sentimento na manhã desta quarta-feira é de que é muito difícil vir algo pior do que já está aí. A expectativa de que o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, dê mais detalhes do plano durante a audiência no Senado marcada para as 13 horas (de Brasília), abre espaço para uma abertura positiva da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje. Às 11h17 (de Brasília), o índice Bovespa subia 0,79%, a 41.534 pontos, após avançar 0,81%, na máxima de 41.540 pontos, até o momento.

O diretor da Ágora corretora, Álvaro Bandeira, está entre os que esperam um detalhamento do plano hoje pelo secretário do Tesouro dos EUA. Mas ele não acha que essa primeira reação negativa do mercado financeiro - ontem o Ibovespa fechou em queda superior de 2% e os mercados em Wall Street tiveram perdas de mais de 4% - seja uma tendência. "Foi uma reação muito emocional, porque se esperava um plano pronto e acabado, mas com o tempo a idéia vai maturar, o mercado tende a reavaliar o plano", avalia.

Na Europa, as bolsas recuam após o prejuízo maior do que o esperado registrado pelo banco suíço Credit Suisse no quarto trimestre do ano passado e da frustração com a perda anunciada pela Peugeot Citroën em 2008 e com o alerta negativo para o primeiro semestre deste ano. Os índices futuros de ações em Nova York mostram a cautela dos investidores enquanto aguardam o depoimento de Geithner no Senado e a divulgação de indicadores econômicos. No horário citado acima, a Bolsa de Londres tinha leve baixa de 0,09%, enquanto o índice futuro do Nasdaq 100 recuava 0,51% e o S&P 500 estava estável.

A Bovespa deve seguir atenta a Nova York, mas a percepção é de que a volatilidade vai dominar ainda mais o cenário até a semana que vem. Com a proximidade do vencimento de opções sobre ações e do vencimento de índice futuro, nas próximas segunda e quarta-feira (dias 16 e 18), respectivamente, o comportamento da Bovespa tende a ficar mais suscetível ao jogo da disputa entre comprados e vendidos. Para alguns analistas, o desempenho positivo nas últimas semanas das ações de Petrobras já está relacionado ao vencimento.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Bolsas mantêm forte alta após decisão do Fed

28/01/2009 - 17h44

SÃO PAULO - As bolsas de valores aqui e em Nova York mantêm o movimento de forte alta observado desde o começo do pregão após a reunião do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano. Conforme o esperado, a autoridade monetária manteve a banda de flutuação da taxa de juros entre zero e 0,25% e afirmou que o custo do dinheiro deve permanecer em tal patamar por algum tempo. No comunicado, o BC norte-americano voltou a afirmar que utilizará todas as ferramentas necessárias para manter o crescimento sustentável e preservar a estabilidade dos preços.

Por volta das 17h30, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa apresentava alta de 4,13%, aos 40.297 pontos, com giro financeiro em R$ 4,18 bilhões. Já em Wall Street, o Dow Jones subia 2,16%, enquanto o Nasdaq ganhava 3,5%. O bom desempenho das bolsas é verificado desde a abertura dos negócios, com as agentes operando em cima de notícias apontando para um novo plano de resgate ao setor financeiro, que seria de fato saneado com o governo assumindo os ativos podres que estão em poder das instituições. De volta à decisão do Fed, no comunicado apresentado junto com a decisão, o colegiado reafirma que sua atuação ficará concentrada em operações de mercado e aberto e se dispõe a aumentar os leilões para a compra de dívida de agências hipotecárias como Freddie Mac e Fannie Mae. Novamente, o Fed não descarta a possibilidade de compra de títulos do Tesouro, se isso se mostrar eficiente, e aponta que está implementando a linha de crédito compra de títulos ligados ao crédito ao consumo, voltada para fortalecer os empréstimos para indivíduos e pequenas empresas.

Na sua avaliação da conjuntura econômica, os membros do colegiado afirmam que as condições no mercado de trabalho, de construção e emprego continuaram piorando, mas que alguma melhora já foi observada em alguns segmentos financeiros. "O comitê antecipa que uma recuperação gradual da atividade econômica deve começar ainda este ano, mas que os riscos negativos para tal perspectiva são significativos." O colegiado também avalia que as pressões inflacionárias seguirão limitadas nos próximos trimestres e expressa certa preocupação com a possibilidade de preços "abaixo do favorável para o estimulo do crescimento econômico".

(Eduardo Campos | Valor Online)

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.