sábado, 29 de agosto de 2009

Veja como enriquecer na bolsa seguindo passos de banqueiros suíços


da Folha Online

Fuja da opinião da maioria; ela provavelmente está errada. Se não deu certo da primeira vez, esqueça. Jamais leve seus planos de longo prazo muito a sério. Evite fixar raízes e, quando as coisas começarem a dar errado, não reze. Abandone o barco imediatamente. Quem não está preocupado não está arriscando bastante.

Reprodução
Livro ensina a investir com dicas práticas de especuladores suíços


Livro ensina a investir com dicas práticas de especultadores suiços
I

Estas são algumas das máximas de "Os Axionas de Zurique! que, através de um guia de normas de conduta do mundo da especulação, ensina como investir --seja no mercado de ações, imobiliário, de artes ou qualquer outro-- e ganhar dinheiro com isto.

O livro, da editora Record defende que a melhor maneira para alguém ficar rico é especular. Expor-se deliberadamente aos riscos e saber muito bem como administrá-los. Exatamente como fazem os suíços, que são "os investidores, especuladores e jogadores mais espertos do mundo", nas palavras de Max Gunther, autor do livro.

A maneira de agir destes bem-sucedidos negociadores está dividida em capítulos no livro e explicada em texto claro e de leitura fácil. Estas regras foram decodificadas por um grupo de suíços --entre eles o pai do autor-- que decidiram ganhar dinheiro depois da Segunda Guerra Mundial. Formaram uma espécie de clube, em que discutiam riscos e tinham a convicção de que ninguém fica rico através de salário. Esses homens e mulheres enriqueceram e os preceitos adotados por eles deram origem aos Axiomas.


Os suíços gostam de arriscar

De acordo com o autor, a disposição para arriscar nos negócios é praticamente uma característica do povo suíço. Com um território menor do que o estado do Rio de Janeiro, um clima e uma topografia inóspitos a quase todo o tipo de cultura e sem petróleo, a Suíça é um dos países mais ricos do planeta. Como? Seguindo estes métodos e princípios de especulação que funcionam em qualquer lugar, sob qualquer perspectiva econômica.

Para começar, o autor afirma que é preciso saber entrar no jogo do mercado, já que qualquer ganho sempre implica um certo risco material ou emocional. Partindo deste princípio, ele expõe as "12 profundas e misteriosas regras", que contradizem boa parte dos clichês do aconselhamento financeiro e podem parecer bastante assustadoras à primeira vista.

Assim, por exemplo, um dos Axiomas de Zurique diz que não basta ser otimista, mas é preciso saber como agir quando um investimento não dá certo. A isto o autor chama de confiança. Ter a certeza de que, vez ou outra, as coisas vão dar errado. Quando isto acontecer, deve-se cair fora rápido, sem hesitações --eis outro Axioma.

Entre os 12 grandes princípios há também outros 16, menores e relacionados aos primeiros. E, ao final de cada capítulo, um pequeno resumo retoma as bases do Axioma exposto. E os banqueiros suíços garantem "Os Axiomas de Zurique" não são apenas uma filosofia da especulação, são marcos para uma vida de sucesso.

"Os Axiomas de Zurique"

Autor: Max Gunther
Editora: Record
Páginas: 160



Descrição O sistema bancário suíço é um dos mais misteriosos e ricos do mundo. Milionários de todos os continentes aplicam no país não só pelo anonimato oferecido como por suas instituições financeiras. Estão interessados na rentabilidade obtida pelos banqueiros da Suíça. Investidores que sabem como poucos ganhar dinheiro através de métodos e princípios que funcionam em qualquer lugar, sob quaisquer condições econômicas. Max Gunther revela os segredos de um grupo exclusivo de homens que, depois da Segunda Guerra Mundial, resolveu ganhar dinheiro investindo em várias frentes, de ações a imóveis, de commodities a moedas estrangeiras. Ganharam muito e transformaram a Suíça em um dos países mais abastados. "Os Axiomas de Zurique", da editora Record, apresenta as regras e princípios infalíveis que esses banqueiros estabeleceram para diminuir riscos e aumentar lucros. É só seguí-los e você alcançará resultados impressionantes em todos os seus investimentos.

Quando for investir, fuja da opinião da maioria, ensina livro

da Folha Online

Você com certeza já deve ter escutado que "mais vale um pássaro na mão que dois voando". Alguém também certamente já o aconselhou, no setor financeiro, a ter uma carteira de investimentos diversificada ou que só se deve arriscar o que sabe que pode perder.




Porém, na hora de investir, esqueça todas essas "verdades" aclamadas como inquestionáveis. Elas provavelmente estão erradas e não ajudarão você a ganhar dinheiro de verdade. Quem afirma é Max Gunther, autor do livro, "Os Axiomas de Zurique" da editora Record.

O livro é um guia para quem deseja ganhar dinheiro no mercado financeiro e compila as normas de conduta que regem o modo de agir dos bem-sucedidos investidores suíços.

À primeira vista, este código pode parecer assustador, pois não hesita em afirmar o oposto do que as cartilhas de consultoria financeira ditam. Por exemplo, os Axiomas aconselham o investidor a fugir daquilo que a maioria encara como verdade absoluta. Este é o décimo Axioma de Zurique, que você pode conferir na íntegra abaixo:

*

O 10º Grande Axioma:
DO CONSENSO
Fuja da opinião da maioria.
Provavelmente está errada.

René Descartes foi campeão mundial da dúvida. Teimosamente, recusava-se a acreditar em qualquer coisa até que a tivesse verificado pessoalmente. Este foi um dos traços que fez dele um bem sucedido jogador-especulador. Morreu há mais de trezentos anos, mas o especulador moderno aproveitará muito - além de passar várias noites agradáveis - da leitura da obra desse encantador homenzinho feioso, com seus olhos negros e penetrantes, o nariz feito um crescente, e dotado de um gigantesco intelecto.

Descartes começa a sua filosofia duvidando de tudo, literalmente, inclusive da existência de Deus, do homem e de si próprio. As autoridades religiosas da sua França natal ficaram furibundas, de maneira que foi melhor ele fugir para os Países Baixos. Continuando a recusar o que outros queriam vender-lhe como verdade, ele buscou meios de descobrir a verdade através dos seus próprios sentidos e experiências. Finalmente, deu com o que considerou uma verdade básica e indiscutível: "Cogito, ergo sum'', ou seja: "Penso, logo existo.'' Agora convencido de que não era apenas um fantasma dos seus próprios sonhos, Descartes continuou a comprovar ou rejeitar outras verdades postuladas. No processo, fez importantes contribuições à matemática, e construiu uma filosofia que, pela pura lucidez do seu pensamento, não foi superada em três séculos - e, na minha opinião, nunca teve concorrentes, sequer quem se lhe aproximasse. No mesmo impulso, também, tanto como hobby quanto porque gostava de vinhos caros e de outros luxos, Descartes estudou cientificamente os jogos.

Na primeira metade do século XVII, existiam umas poucas e mal organizadas bolsas de valores e de mercadorias. Descartes deixou-se fascinar pelo grande e ativo mercado de Amsterdã; se chegou a pôr o seu dinheiro ali, e em quantidades, não se sabe. Sabe-se, porém, que freqüentemente viajava a Paris, às vezes com papéis falsos para não ser preso como herege, a fim de jogar.

Para tomar dinheiro dos trouxas, havia disponíveis jogos de cartas, tabuleiros e roletas. Descartes gostava de jogos que, como o bridge e o pôquer hoje em dia, além de sorte implicavam cálculos matemáticos e psicologia. Estudava os jogos com o cuidado e o ceticismo costumeiros, rejeitando todos os clichês e lugares-comuns da sua época, insistindo em descobrir verdades e falácias por conta própria. Aparentemente, sempre voltava de Paris mais rico do que na ida, às vezes muito mais. Embora o único meio de vida conhecido, ao longo de toda sua vida de adulto, fosse uma modesta herança do pai, Descartes morreu financeiramente muito bem.

O truque, não se cansava ele de repetir em diferentes contextos, é rejeitar o que lhe dizem, até ter pensado tudo pela própria cabeça. Duvidava das verdades afirmadas por autoproclamados especialistas, e recusava-se até a ouvir a opinião da maioria. Escreveu ele: "Não existe praticamente nada que tenha sido afirmado por um sábio e não tenha sido contraditado por outro.'' E também: "Contar votos não serve de nada. Em qualquer questão difícil, é mais provável que a verdade seja descoberta por uns poucos do que por muitos.''

Foi com esta visão do mundo, arrogante talvez, e certamente solitária, que René Descartes freqüentou as mesas de jogo de Paris, das quais saiu rico. Um especulador bem sucedido só tem a ganhar dando atenção às palavras desse homenzinho duro, de olhar penetrante.

Na nossa era democrática, no nosso democrático lado do mundo, tendemos a aceitar sem críticas a opinião da maioria. Se um monte de gente diz que é assim, tudo bem, assim seja. É como nós pensamos. Se não temos certeza de alguma coisa, vamos contar os votos. Desde o primário aprendemos que a maioria está sempre certa. Nos EUA e em outras nações ocidentais, é quase uma religião, principalmente na França e na Inglaterra, ambos países com longas tradições de resolver problemas pelo voto popular. Se 75% das pessoas acreditam em alguma coisa, parece quase sacrilégio perguntar, ainda que num sussurro:

- Ei, esperem aí, será que não podem estar errados?

Guiemo-nos por Descartes: podem.

Nos EUA, é o voto que decide quem governa. É o único meio de fazê-lo. Pelo menos, é o único meio que os americanos aceitam sem briga. São treinados desde a infância a aceitar o desejo da maioria. Às vezes, há quem resmungue contra esse desejo - quem perde uma eleição reclama muito -, mas, no fundo, por trás de todo o som e toda a fúria, sempre se ouve o tema da democracia: "O povo falou. Não se pode iludi-lo. Se é isto que quer, deve estar certo.''

Essa humilde aceitação da opinião da maioria passa para a vida financeira. Não apenas são ouvidos economistas, banqueiros, corretores, assessores e outros especialistas, mas também as maiorias. E isto pode custar dinheiro, pois, como dizia Descartes, é mais provável que a verdade tenha sido encontrada por uns poucos do que por muitos.

Os muitos podem estar certos, mas as probabilidades são contra eles. Pare com o hábito de achar que todas as afirmativas muito repetidas são a verdade. "Um grande déficit orçamentário será a ruína da América'', diz quase todo mundo. É verdade? Talvez sim, talvez não. Descubra você mesmo. Tire suas próprias conclusões. "Na segunda metade da década, aumentarão a inflação e a taxa de juros.'' É mesmo? Não engula, simplesmente. Examine. Não deixe que a maioria manobre com você.

Estudando os outros Axiomas, vimos muitas coisas que são afirmadas por maiorias. Vale mais um pássaro na mão que dois voando. Mantenha uma carteira diversificada. Arrisque somente apenas o que pode se permitir perder. E assim por diante. Todos esses conselhos supostamente sábios fazem parte do consciente popular. Em qualquer coquetel ou reunião, é só trazer investimentos à discussão que os clichês logo aparecem. E, à medida que esses chavões vão sendo repetidos, quem estiver por perto balançará a cabeça, compenetradamente, e dirá:

- Exato. Perfeito! Excelente conselho!

A maioria das pessoas acredita que os antigos clichês são verdades indiscutíveis. Isto posto, vale a pena observar que a maioria das pessoas não é rica.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.