SÃO PAULO - Mais indicadores positivos sobre a economia americana e a crescente confiança na recuperação da economia mundial garantiram um pregão positivo para os mercados brasileiros na quarta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) centrou as atenções ao superar os 60 mil pontos por volta das 12h30 e seguiu avançando até fechar aos 60.410 pontos, alta de 1,94%. Tal pontuação é a maior desde 21 de julho do ano passado, quando o Ibovespa marcou 60.771 pontos. Com mais essa alta, o ganho acumulado no chega a 60,88%. Destaque para o volume financeiro de R$ 7,01 bilhões, o maior desde 23 de julho para dias sem vencimento de opções e índice. Também foi registrado novo recorde em número de negócios, foram mais de 488 mil transações, superando as 444.351 registradas em 15 de julho.
Atingida a " meta " do ano, a pergunta que fica é: para que lado a bolsa vai agora? Análise gráfica realizada pela InTrader coloca o próximo ponto de resistência na casa dos 62.500 pontos. " É difícil falar se vai buscar esse ponto em breve, afinal são mais de 2 mil pontos. Mas o importante é que a trajetória continua de alta " , diz Renato Tavares, assessor de investimentos da InTrader.
Para o analista técnico da corretora Souza Barros, Eduardo Matsura, não dá para traçar parâmetro para até onde o índice pode subir. A máxima a ser seguida, segundo ele é: " na falta de evidência de reversão você continua comprado, segue a tendência " .
Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), os índices também marcaram novas máximas para o ano, seguindo a divulgação de maior produção industrial e inflação ao consumidor.
Ainda ecoaram pelo mercado as declarações feitas na terça-feira, pelo presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, Ben Bernanke, de que é provável que a recessão tenha terminado nos EUA.
Em Wall Street, o Dow Jones subiu 1,12%, aos 9.791. O S & P 500 avançou 1,53%, para 1.068 pontos. Já o Nasdaq teve ganho de 1,45%, a 2.133 pontos. No câmbio, o dólar continuou perdendo valor para o real, mas a linha de R$ 1,80 ainda foi respeitada. Segundo o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, a baixo preço da divisa, que bateu mínimas a R$ 1,975, chamou os compradores ao mercado, o que acabou limitando as perdas do dia. O dólar comercial fechou a R$ 1,798 na compra e R$ 1,800 na venda - ainda assim, baixa de 0,38%. Tal valor marca nova mínima para o ano é o menor já registrado desde 22 de setembro do ano passado, quando a moeda fechou a R$ 1,792.
Na roda de " pronto " da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), a divisa furou o R$ 1,80. A moeda fechou a R$ 1,7997, baixa de 0,42%. O volume ficou em US$ 198,25 milhões, quase o dobro do registrado na terça-feira. No interbancário os negócios somaram US$ 2,4 bilhões. O dia foi bastante movimento no mercado de juros futuros. O volume negociado foi elevado e as taxas voltaram para patamares não registrados em dois meses. O motivo para tal agitação é o mesmo que leva as bolsas para as máximas e o dólar para as mínimas. A questão é que quanto antes a economia se recuperar, mais cedo o Banco Central, o Fed e outras autoridades monetárias devem abandonar o viés expansionista de política monetária. " O mercado de juros anda na contramão de outros mercados. Recuperação da economia aponta para alta de juros " , explicou operador de mercado que preferiu não se identificar.
No entanto, o especialista acredita que ainda é cedo para pensar em mudança nas taxas de juros tanto no Brasil quanto em outros países. Segundo ele, é pouco provável que as autoridades monetárias coloquem a recuperação em risco.
Também há fatores técnicos por trás da acentuada alta nos prêmios de risco. O operador disse que os indicadores de inflação nos Estados Unidos e os dados de emprego no Brasil pegaram muitos investidores vendidos, que se viram obrigados a zerar posições. Na agenda doméstica, o destaque ficou com a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que mostrou a criação de 242.126 postos formais em agosto. Melhor resultado do ano e sétimo mês consecutivo com variação positiva. A abertura de novas vagas também superou ligeiramente a registrada em agosto de 2008, quanto foram contabilizados 239.123 postos.
Ao final do pregão, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2011, o mais líquido do dia, apontava alta de 0,15 ponto, a 9,90%. O vencimento para janeiro de 2012, segundo mais negociado, ganhou 0,20 ponto, para 11,25%. E janeiro de 2013 projetava 11,91%, valorização de 0,13 ponto.
Entre os vencimentos curtos o ajuste foi menos acentuado, janeiro de 2010 caiu 0,01 ponto, a 8,66%. Julho de 2010, que divide as apostas quanto à possibilidade de alta na Selic no primeiro ou no segundo semestre, acumulou 0,07 ponto, projetando 8,99%. E outubro de 2009 permaneceu estável, projetando 8,64%.
Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 771.755 contratos, equivalentes a R$ 68,11 bilhões (US$ 37,66 bilhões), o dobro do registrado na terça-feira e maior volume desde 23 de julho. O vencimento para janeiro de 2011 foi o mais negociado, com 362.115 contratos, equivalentes a R$ 32,08 bilhões (US$ 17,74 bilhões). (Eduardo Campos | Valor Online)
Atingida a " meta " do ano, a pergunta que fica é: para que lado a bolsa vai agora? Análise gráfica realizada pela InTrader coloca o próximo ponto de resistência na casa dos 62.500 pontos. " É difícil falar se vai buscar esse ponto em breve, afinal são mais de 2 mil pontos. Mas o importante é que a trajetória continua de alta " , diz Renato Tavares, assessor de investimentos da InTrader.
Para o analista técnico da corretora Souza Barros, Eduardo Matsura, não dá para traçar parâmetro para até onde o índice pode subir. A máxima a ser seguida, segundo ele é: " na falta de evidência de reversão você continua comprado, segue a tendência " .
Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), os índices também marcaram novas máximas para o ano, seguindo a divulgação de maior produção industrial e inflação ao consumidor.
Ainda ecoaram pelo mercado as declarações feitas na terça-feira, pelo presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, Ben Bernanke, de que é provável que a recessão tenha terminado nos EUA.
Em Wall Street, o Dow Jones subiu 1,12%, aos 9.791. O S & P 500 avançou 1,53%, para 1.068 pontos. Já o Nasdaq teve ganho de 1,45%, a 2.133 pontos. No câmbio, o dólar continuou perdendo valor para o real, mas a linha de R$ 1,80 ainda foi respeitada. Segundo o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, a baixo preço da divisa, que bateu mínimas a R$ 1,975, chamou os compradores ao mercado, o que acabou limitando as perdas do dia. O dólar comercial fechou a R$ 1,798 na compra e R$ 1,800 na venda - ainda assim, baixa de 0,38%. Tal valor marca nova mínima para o ano é o menor já registrado desde 22 de setembro do ano passado, quando a moeda fechou a R$ 1,792.
Na roda de " pronto " da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), a divisa furou o R$ 1,80. A moeda fechou a R$ 1,7997, baixa de 0,42%. O volume ficou em US$ 198,25 milhões, quase o dobro do registrado na terça-feira. No interbancário os negócios somaram US$ 2,4 bilhões. O dia foi bastante movimento no mercado de juros futuros. O volume negociado foi elevado e as taxas voltaram para patamares não registrados em dois meses. O motivo para tal agitação é o mesmo que leva as bolsas para as máximas e o dólar para as mínimas. A questão é que quanto antes a economia se recuperar, mais cedo o Banco Central, o Fed e outras autoridades monetárias devem abandonar o viés expansionista de política monetária. " O mercado de juros anda na contramão de outros mercados. Recuperação da economia aponta para alta de juros " , explicou operador de mercado que preferiu não se identificar.
No entanto, o especialista acredita que ainda é cedo para pensar em mudança nas taxas de juros tanto no Brasil quanto em outros países. Segundo ele, é pouco provável que as autoridades monetárias coloquem a recuperação em risco.
Também há fatores técnicos por trás da acentuada alta nos prêmios de risco. O operador disse que os indicadores de inflação nos Estados Unidos e os dados de emprego no Brasil pegaram muitos investidores vendidos, que se viram obrigados a zerar posições. Na agenda doméstica, o destaque ficou com a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que mostrou a criação de 242.126 postos formais em agosto. Melhor resultado do ano e sétimo mês consecutivo com variação positiva. A abertura de novas vagas também superou ligeiramente a registrada em agosto de 2008, quanto foram contabilizados 239.123 postos.
Ao final do pregão, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2011, o mais líquido do dia, apontava alta de 0,15 ponto, a 9,90%. O vencimento para janeiro de 2012, segundo mais negociado, ganhou 0,20 ponto, para 11,25%. E janeiro de 2013 projetava 11,91%, valorização de 0,13 ponto.
Entre os vencimentos curtos o ajuste foi menos acentuado, janeiro de 2010 caiu 0,01 ponto, a 8,66%. Julho de 2010, que divide as apostas quanto à possibilidade de alta na Selic no primeiro ou no segundo semestre, acumulou 0,07 ponto, projetando 8,99%. E outubro de 2009 permaneceu estável, projetando 8,64%.
Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 771.755 contratos, equivalentes a R$ 68,11 bilhões (US$ 37,66 bilhões), o dobro do registrado na terça-feira e maior volume desde 23 de julho. O vencimento para janeiro de 2011 foi o mais negociado, com 362.115 contratos, equivalentes a R$ 32,08 bilhões (US$ 17,74 bilhões). (Eduardo Campos | Valor Online)
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