sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ações da Petrobras disparam mais de 10% e fazem Bovespa subir

08/11/2007 - 14h44


Da Redação
Em São Paulo

As ações da Petrobras sobem mais de 10% nesta quinta-feira, puxando a alta da Bolsa de Valores de São Paulo.

Durante a manhã, a estatal anunciou que finalizou testes no campo de Tupi, na bacia de Santos, comprovando a existência de reserva de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo de boa qualidade e gás na camada pré-sal.

Às 14h20, o Ibovespa, conjunto das principais ações do mercado brasileiro, subia 2,7%, atingindo 65.216 pontos. Quase no mesmo horário, os papéis ON (ordinários, com direito a voto) da Petrobras avançavam 14,16%; os PN (preferenciais, sem direito a voto) subiam 13,72%.

O volume financeiro com as ações da estatal já supera R$ 1 bilhão no dia, frente aos R$ 3,5 bilhões totais negociados na Bolsa brasileira. "É preliminar, não entrou em reserva, mas o que tem de óleo recuperável estimado é considerável. Cinco a oito bilhões de barris de petróleo e gás natural é mais ou menos metade da reserva da Petrobras", observou analista da corretora Fator Marcos Paulo Pereira.

Brasil na contracorrente
Por conta principalmente da alta da Petrobras, o mercado brasileiro de ações segue em caminho inverso ao de algumas das principais Bolsas do mundo.

Nos Estados Unidos, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, disse ver crescimento ainda lento no início de 2008, apesar de considerar que a economia do seu país permanece resistente. Os principais índices de Wall Street operam em baixa.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio e a de Hong Kong desabaram nesta quinta, com a primeira fechando em baixa de 2% e a segunda, de 4,85%.

Alta 'sustentada'
"Acho que parte (da reserva que a Petrobras anunciou) já era um pouco esperada, mas é claro que a surpresa é positiva, tanto é que o papel está reagindo muito bem", complementou. "A alta que está acontecendo é sustendada. Merece mudar um pouco o patamar da ação."

As ações da Companhia Vale do Rio Doce também operam em alta acentuada nesta quinta, com seus papéis ON avançando 2,32% por volta das 14h. A concorrente Rio Tinto rejeitou proposta de aquisição feita pela BHP Billiton, fortalecendo as expectativas de consolidação da empresa brasileira no setor.

Câmbio
O dólar operava em leve baixa de 0,06% às 13h, cotado a R$ 1,74 na venda. "Tem muito dólar sobrando no mercado", disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora. "O (diferencial de) juro continua sendo um atrativo bom", justificou, citando um dos fatores que têm atraído investidores para o país.

De acordo com dados divulgados na véspera pelo Banco Central, o país registrou entrada líquida de mais de US$ 6 bilhões no mês passado.

Segundo Carreira, os leilões de compra efetuados pelo BC no mercado à vista não têm sido suficientes para enxugar a oferta excedente de dólares. "Ontem comprou pouco, uns US$ 200 milhões apenas", estimou.

Gafisa: forte alta
Outro papel em destaque no pregão desta quinta é o da Gafisa. A valorização superou 5% depois que a empresa divulgou aumento no lucro.

"Reiteramos nossa recomendação de compra para Gafisa à medida que a empresa tem divulgado crescimento alto e está se preparando para crescimento sustentável de longo prazo", disse a analista do Citigroup Cecilia del Castillo, para quem o resultado do terceiro trimestre superou expectativas.

(Com informações da Reuters)

http://economia.uol.com.br/cotacoes/ultnot/2007/11/08/ult1918u489.jhtm

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.