EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) amargou sua pior queda desde 30 de maio no pregão desta segunda-feira. A derrocada das Bolsas americanas, combinada com as fortes perdas das ações da Petrobras, derrubou o mercado acionário brasileiro.
O Ibovespa, indicador que reflete os preços das ações, encerrou o pregão em queda de 4,34%, aos 61.526 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,5 bilhões, em linha com a média diária do mês.
O nervosismo global com a crise dos "subprime" (crédito imobiliário de alto risco) empurrou a taxa de câmbio para sua maior cotação desde 25 de outubro. Nos últimos negócios desta segunda-feira, a moeda americana foi negociada a R$ 1,778 (valor de venda), em alta de 1,83%.
Desde pelo menos a semana passada, a crise dos "subprime" voltou a assombrar os mercados. Grandes conglomerados financeiros, como Citigroup, Wachovia e Merrill Lynch, começaram a estimar o tamanho das perdas com suas aplicações em créditos imobiliários de alto risco.
Pela manhã, os fechamentos das Bolsas asiáticas já anunciavam o tom dos negócios desta segunda-feira: o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou para o seu menor nível em 15 meses. Nesta segunda-feira, o mercado "acordou" com a possibilidade que a "bola da vez" seja o gigante global HSBC.
As perdas começaram pelas Bolsas asiáticas e se estenderam pelos pregões europeus e americanos. Na Bolsa brasileira, o mercado teve motivo adicional para desvalorizar: os investidores devolveram parte dos fortes ganhos apurados com as ações da Petrobras, após o anúncio de reservas gigantescas no campo de Tupi, na Bacia de Santos.
A ação preferencial da petrolífera, que sozinha movimentou mais de R$ 1,5 bilhão em negócios, despencou 6%, sendo negociada a R$ 78,10.
Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u345030.shtml
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