São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta pelo segundo pregão seguido e voltou a se aproximar de seu patamar recorde. O Ibovespa, principal índice, subiu 2,71% hoje, para 64.631 pontos. Ontem, a alta havia sido de 2,28%.
Acumuladas, essas valorizações compensaram a derrapada de segunda-feira, de 4,34%, e deixaram o índice a menos de 700 pontos de seu recorde, cravado no dia 31 de outubro.
A recuperação da Bolsa refletiu dados econômicos benignos nos Estados Unidos, divulgados hoje, alta do petróleo e valorização dos metais. Mas a volatilidade nos últimos pregões, com alteração freqüente de humor, de grande euforia para profunda depressão ou vice-versa, ganhou até apelido pelos analistas de mercado: "síndrome bipolar".
A tendência na Bovespa continua a ser de alta, mas os temores quanto ao futuro da economia norte-americana não se dissiparam, daí o movimento de montanha-russa nas cotações. Em Nova York, os principais índices acionários oscilaram hoje. Por volta das 18 horas (de Brasília), o Dow Jones subia 0,21%, mas o Nasdaq cedia 0,40%.
Impulsos
A alta na Bolsa paulista foi generalizada. Apenas três ações, dentre as 63 que compõem a carteira do Ibovespa, terminaram o dia em baixa: Sabesp ON cedeu 1,73%, Telesp PN perdeu 0,90% e Pão de Açúcar PN recuou 0,70%.
Os impulsos para os ganhos das outras ações começaram com o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) norte-americano, divulgado pela manhã. A inflação em outubro foi de apenas 0,1%, contra estimativa dos analistas de alta de 0,2%. Outro dado benigno foram as vendas no varejo, que subiram 0,2% em outubro, resultado que coincidiu com as expectativas.
No mercado de matérias-primas, o petróleo voltou a subir após dois dias de forte queda. Em Nova York, o preço do barril avançou 3,20%, para US$ 94,09, beneficiando a Petrobras. O papel preferencial (PN, sem direito a voto) da estatal teve elevação de 1,84% e o ordinário (ON, com direito a voto) subiu 2,09%. Com a disparada de Petrobras após o anúncio da descoberta de um megacampo de petróleo e gás na Bacia de Santos, os papéis PN e ON já acumulam alta em novembro de 9,87% e 11,75%, respectivamente.
Os metais também subiram hoje, liderados pelo cobre, que por sua vez foi influenciado por um terremoto no norte do Chile, a mais importante região produtora da matéria-prima no mundo. A valorização dos metais beneficiou a Vale do Rio Doce, que avançou 3,11% (ação PNA).
AE
http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2007/11/14/ult4469u13808.jhtm