quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Bovespa fecha em alta de 1,45% e emenda 42 recordes neste ano

31/10/2007 - 18h45

EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou os negócios desta quarta-feira batendo seu 42º recorde deste ano e o terceiro do mês. O mercado acionário brasileiro reagiu positivamente à decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA), que reduziu os juros americanos.

A decisão, no entanto, ao contrário das reuniões anteriores, não foi unânime, o que gerou algum estresse no mercado, que interpretou o "racha" como um sinal de que o ciclo de cortes dos juros americanos pode parar neste mês.

O Ibovespa, "termômetro" dos negócios na Bolsa, avançou 1,45%, na marca histórica dos 65.317 pontos.

A Bolsa também bateu outro recorde. Com o volume de negócios de hoje (R$ 6,32 bilhões), a média diária do mês superou a casa dos R$ 6 bilhões, a maior desde 1994.

"Os investidores estrangeiros estão muito confiantes na Bolsa brasileira. Você pode ver isto muito bem pelo IPO [lançamento de ações] da Bovespa. Eles pagaram o preço máximo [pelas ações], já estimando que o volume [de negócios] pode aumentar muito, quando o Brasil atingir o 'investment grade'", avalia Advaldo de Campos, da corretora Intra.

A taxa de câmbio recuou para o seu menor nível desde o dia 24 de março de 2000, nos últimos negócios desta quarta-feira. O dólar comercial foi cotado a R$ 1,737 para venda, em declínio de 0,96%.

O Fed não frustrou as expectativas dos agentes financeiros e rebaixou a taxa de juros americana de 4,75% ao ano 4,5%. A taxa básica de juros baliza o custo de empréstimos para consumidores e empresas e, portanto, pode induzir um maior ou menor crescimento do país.

Economistas defendiam há meses essa medida --o afrouxamento da política monetária-- como uma saída para evitar uma desaceleração mais brusca, ou mesmo uma recessão na maior economia do planeta, após a crise do setor imobiliário.

"Nós vimos alguma realização logo após a decisão do Fed, acho que um pouco por nervosismo, já que não foi unânime. Mas logo depois, os investidores esfriaram a cabeça e a Bolsa voltou a subir", afirma Fábio Prandini, operador da corretora Elite.

"A questão é que a Bolsa brasileira atravessa uma fase muito otimista. Mesmo com os problemas dos créditos 'subprime', e mesmo com os problemas que já aparecem por aqui de infra-estrutura e inflação, há sinais positivos", avalia Advaldo de Campos, da Intra, lembrando os projetos governamentais de investimentos.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u341566.shtml


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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.