08/10/2007 - 17h38
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) bateu novo recorde no encerramento do pregão desta segunda-feira, contrariando as expectativas. O mercado brasileiro conseguiu descolar das Bolsas americanas, puxado principalmente pelas principais ações, Vale do Rio Doce e Petrobras.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa, valorizou 0,55%, na marca histórica dos 62.660 pontos. Trata-se do 38º recorde somente neste ano. O volume financeiro foi de R$ 4,39 bilhões, abaixo da média dos primeiros pregões do mês.
A ação preferencial da Vale teve ganho de 0,21%, sendo negociada a R$ 51,29. No caso da Petrobras, a ação preferencial avançou 1,12%, cotada a R$ 61,84.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,818 para venda, em alta de 0,72%. O feriado americano do "Columbus Day" suspendeu os negócios do mercado de títulos, que serve de referência para o cálculo do risco-país.
Hoje, o Banco Central realizou um leilão de compra de moeda, o primeiro desde a primeira quinzena de agosto. "Acredito que esse leilão pegou uma parcela de surpresa, mas o BC, realmente, não ia ser tão previsível assim", afirma Nélson Moraes, gerente da mesa de câmbio da corretora Fluxo. Para uma parcela dos corretores, o leilão teria sinalizado um "piso" de R$ 1,80 para a cotação.
Apesar do feriado americano não ter interrompido os negócios das Bolsas americanas, o volume de negócios foi um pouco reduzido. Como 30% do giro de negócios da Bovespa está a cargo de investidores estrangeiros, o pregão brasileiro também ficou um pouco mais estreito na comparação com o forte fluxo de recursos registrado na semana passada.
Boa parte dos negócios de hoje foi realizado com ações da Vale do Rio Doce em, principalmente, Petrobras, que puxou a reviravolta da Bovespa nas últimas horas dos negócios. Operadores que esperavam uma dia morno, com investidores voltados para a realização de lucros --venda de papéis muito valorizados no curto prazo-- foram surpreendidos.
"O mercado acordou com 'cabeça de venda' e muita gente foi surpreendida à tarde quando alguns começaram a comprar. Parecia que o giro seria basicamente para trocar de posição, quer dizer, vender Vale e comprar Petrobras. Parece que ninguém quer ficar vendido [sem ações na carteira]", avalia Fábio Prandini, operador da corretora Elite.
Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u334888.shtml
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