sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Inpe registra 98 mortes por raios em 2014


  • 30/01/2015 17h00
  • São Paulo
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

O número de pessoas mortas por raios no Brasil chegou a 98 no ano passado, uma a menos do que o registrado em 2013, informa levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), baseado em informações da imprensa, da Defesa Civil e do Ministério da Saúde.
A maior parte das mortes por raios, 17, foi em São Paulo. No Maranhão, houve 16 registros de mortes; no Piauí, sete; no Amazonas, seis; e, no Pará, também seis. Os números de São Paulo se destacam pelas  mortes que ocorreram no segundo semestre do ano passado: em 7 de novembro morreram três moradores de rua, atingidos simultaneamente por um raio; e em 29 de dezembro, quatro banhistas receberam descarga atmosférica em Praia Grande, no litoral.
As cidades que tiveram maior número de vítimas em 2014 foram: São Paulo, com cinco; Praia Grande, no litoral paulista, quatro vítimas; Pauini, no Amazonas, Wanderley, na Bahia, e Igarapé Grande, no Maranhão, com duas vítimas, cada. Entre as vítimas, 56% viviam na zona rural.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Editorial: Mais de uma vez


Contrariando as práticas de segurança durante tempestades, banhistas lotavam a areia de Praia Grande (litoral de São Paulo) no dia 29 de dezembro, quando um raio caiu sobre dois guarda-sóis que abrigavam oito pessoas da mesma família. Quatro delas morreram.
Ocorrências desse tipo são bem mais frequentes do que se supõe. O Brasil é recordista nesse quesito, com cerca de 50 milhões de descargas elétricas por ano.
Elas provocaram, de 2000 a 2013, 1.672 mortes, 80% das quais poderiam ter sido evitadas com a devida orientação, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
No episódio mais recente, no começo desta semana, duas pessoas morreram na área rural de Embu-Guaçu (SP), na Grande São Paulo.
A maioria dos casos ocorre justamente em zonas rurais, mas as praias também oferecem risco –foram seis mortes no ano passado apenas no Estado de São Paulo.
Numa reação quase instintiva, o nível de alerta aumenta nos dias seguintes às tragédias. Em Praia Grande, por exemplo, os banhistas passaram a se retirar rapidamente da orla marítima no início de tempestades, e os salva-vidas reforçaram o trabalho de orientação.
O desafio é transformar em prática estável esse impulso natural. Um ano atrás, houve comoção semelhante no litoral paulista, quando uma mulher foi atingida por um raio no Guarujá. As mortes nos últimos dias demonstram, todavia, que os acidentes ainda não levaram a ações preventivas eficazes.
As orientações são simples. Durante tempestades, locais próximos a veículos são perigosos (mas é seguro ficar dentro de um carro fechado); lugares abertos, como praias, campos de futebol e zonas agropecuárias, devem ser abandonados. Também é importante saber que abrigos como cabanas, toldos e árvores atraem raios.
Mesmo dentro de casa a segurança é relativa: não se deve ficar perto de condutores de eletricidade (entre os quais se incluem telefone com fio e celular sendo carregado), já que o para-raios não abrange a rede elétrica da rua. Por fim, grandes peças metálicas representam alguma ameaça.
Com a devida precaução, muitas vidas poderiam ter sido salvas. É preciso, pois, reforçar campanhas educativas –inclusive para derrubar o mito de que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.