terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bolsas da Ásia fecham em fortes quedas com reflexo da crise nos EUA

da Folha Online

Atualizado às 06h15.

As Bolsas da Ásia fecharam no vermelho nesta terça-feira sofrendo o resultado do terremoto causado pelo pedido de concordata do banco Lehman Brothers nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (15). Os mercados da região têm seu segundo dia de perdas e seguem a tendência das Bolsas de todo o mundo, que ontem tiveram o dia de maiores quedas desde o 11 de Setembro.

Entenda a quebra do banco Lehman Brothers
Entenda a crise financeira que atinge a economia dos EUA

O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio (Japão), fechou o dia em queda de 4,95%, aos 11.609,70 pontos, no seu primeiro dia após o anúncio --na segunda os mercados japoneses não abriram devido a um feriado local.
Kin Cheung/AP
Operadores da Bolsa de Hong Kong demonstram preocupação com queda de 5,04% do mercado hoje, puxado pela crise nos EUA
Operadores da Bolsa de Hong Kong demonstram preocupação com queda de 5,04% do mercado hoje, puxado pela crise nos EUA

"Chegou a haver otimismo com a expectativa de que o governo dos EUA e o Fed [o Banco Central americano] pudessem eventualmente salvar o Lehman, e agora os investidores querem vender tudo em pânico", afirmou Soichiro Monji, diretor do setor de estratégia da Daiwa Investimentos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 5,44%%. A Bolsa de Seul, que chegou a ser paralisada ao longo do dia devido suas fortes perdas, registrou a pior queda entre as asiáticas --o índice Kospi fechou aos 6,10% negativos. A Bolsa de Xangai, na China, caiu 4,47%.

Somente a Bolsa de Jacarta (Indonésia) conseguiu inverter a trajetória de perdas e acabou o pregão com aceleração de 0,95%.

A retração na Ásia é resultado direto de mais um desdobramento da crise desencadeada ontem, com a concordata do Lehman Brothers. O anúncio do banco é mais um episódio da crise dos créditos "subprime", que abala o sistema financeiro americano há cerca de um ano e está na origem da desaceleração das economias centrais.

Há semanas, o mercado segue o "drama" do banco de investimentos à procura de um comprador e ainda sob expectativa de uma operação de resgate do governo dos EUA, em moldes semelhantes ao ocorrido com a Fannie Mae e a Freddie Mac, gigantes do setor hipotecário.

As duas expectativas foram frustradas: a "solução de mercado" se perdeu, com a desistência dos potenciais compradores --primeiro, o banco coreano KDB, e depois, o britânico Barclays-- e com a indicação do governo americano de que não resgataria o banco de investimentos.

Pessimismo

A derrocada das Bolsas mundiais ontem começou logo pela manhã, com os mercados asiáticos. A Bolsa indiana despencou 5,4%, enquanto Taiwan perdeu 4,1%. Depois, o nervosismo contagiou os mercados europeus e americanos. Em Londres, a Bolsa local caiu 3,92% enquanto o mercado francês retraiu 3,78% e Frankfurt registrou perda de 2,74%.

Nos EUA, as Bolsas de Valores exibiram seus piores números desde os ataques terroristas de 11 de Setembro: o mundial influente índice Dow Jones retrocedeu 4,42%, enquanto o Nasdaq teve baixa de 3,59%.

A Bovespa liderou a queda nesta segunda-feira, quando o Ibovespa despencou 7,59% e recuou para os 48.416 pontos.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.