segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ganho na Bolsa pode não ser sustentável, dizem analistas

da Folha de S.Paulo

O mercado de ações costuma antecipar em seis meses, em média, a retomada da economia quando há uma retração. Mesmo assim, os analistas recomendam que os investidores sejam bastante cautelosos neste momento, pois a elevação das Bolsas de Valores no mundo nas últimas semanas pode não ser o início de um novo ciclo de ganhos no segmento financeiro, como todos os que perderam dinheiro nesta crise gostariam de acreditar.

Nos EUA, cuja Bolsa costuma ditar o rumo dos demais mercados em todo o planeta, ainda há razão para pessimismo.

O desemprego está no mais alto nível desde 1983, os preços das casas seguem com quedas recordes e ainda há significativas dúvidas sobre quais bancos continuarão de pé. O Fed, o BC americano, na ata da última reunião do seu comitê de política monetária, reduziu as suas expectativas de crescimento para o país no segundo semestre de 2009 e em 2010.

Em relatório recém-divulgado, o prestigioso instituto privado "Conference Board" alertou: se a economia americana se recuperar muito rapidamente, haverá risco de uma nova recessão em 2010, com a ameaça da volta da inflação com a política de juros baixos do Fed.

Por isso, muitos investidores preferem esperar sinais mais claros de que a pior crise financeira em décadas está realmente perto do fim antes de recomeçar a comprar ações.

O temor é o de que mais más notícias estejam por surgir nos próximos meses. Essa falta de convicção pode até ser considerada uma indicação de saúde do mercado, pois, uma vez que a Bolsa começa a subir, as pessoas rapidamente substituem o bom senso pela ganância, o que leva a tombos mais doloridos.

"Existe um consenso de que o PIB [Produto Interno Bruto] americano apresentará crescimento no terceiro trimestre", afirma Tim Ghriskey, diretor de investimentos da administradora de recursos Solaris Asset Management, em Bedford Hills, Nova York. "A preocupação é: isso pode ser ainda um pouco prematuro." Desde outubro, a Bolsa americana fez diversas tentativas de voltar a avançar somente para sofrer novas quedas logo depois.

A situação não é melhor no resto do mundo, onde ainda há poucas evidências do sucesso dos pacotes fiscais e de estímulo à atividade em reanimar a economia, embora todas as iniciativas nesse sentido sejam bem-recebidas. O plano anunciado pelo Japão de US$ 154 bilhões na quinta-feira passada é o mais recente exemplo.

Brasil

No Brasil, a Bovespa, que chegou ao seu patamar mínimo do ano, de 36.234 pontos, no dia 2 de março, fechou na última quinta-feira aos 45.538 pontos, que corresponde ao pico de 2009. Em quase um mês e meio, os ganhos são de 25%, repetindo o comportamento dos mercados globais.

A economia brasileira não está fraca como a americana ou a europeia, mas, ainda assim, o conselho dos especialistas é igual. "É preciso cuidado. Os níveis em que a Bolsa brasileira se encontra justificam a aplicação, não necessariamente pelas perspectivas futuras mas pelo preço dos papéis", diz Ricardo Fontes, consultor financeiro e professor do Ibmec São Paulo.

Ele ressalta, porém: "Estamos falando de um investimento de prazo mais longo, um ou dois anos. O cenário ainda está repleto de incertezas, portanto certamente haverá realizações de lucro pelo caminho, altos e baixos, de acordo com as informações que surgirem.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Manchete capciosa de O Globo insinua perda de 5 bi para o próprio Banco e logo se contradiz, ao afirmar que se refere a valor de mercado

Esta desvalorização das ações corresponde a um fenômeno psicológico e à especulação na Bolsa que certamente se reverterá em poucos dias, acompanhando o desempenho da Bolsa

O Globo

Manchete: Mudança de presidente faz BB perder R$ 5 bi em 2 dias
Na contramão da alta da Bolsa, ações do banco caem 10,75%

A mudança do presidente do Banco do Brasil levou a instituição a perder R$ 5,2 bilhões, em valor de mercado, em apenas dois dias. Na contramão da alta da Bolsa de Valores de São Paulo, as ações do BB caíram 2,82% ontem, acumulando perda de 10,75% em apenas dois dias. Para analistas, a tentativa do Planalto de usar o banco para forçar a queda de juros vai prejudicar os resultados do BB. Além disso, especialistas dizem que a simples troca no comando do banco, que será presidido por Aldemir Bendine, ligado ao PT, não levará à queda do spread bancário (diferença entre o custo de captação de dinheiro e a taxa dos empréstimos), como quer Lula. O primeiro ato do BB para reduzir o spread será nos empréstimos a microempresas, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. (págs. 1 e 17)

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.