sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bolsa fecha em alta, apesar de dado de emprego nos EUA

São Paulo - O indicador mais aguardado do dia, o relatório do mercado de trabalho americano mostrou que os Estados Unidos eliminaram em outubro vagas de emprego pelo décimo mês consecutivo este ano, mas isso foi insuficiente para atrapalhar a disposição de compras dos investidores em renda variável. Alguns dados corporativos agradaram e o fato de os investidores já terem se defendido de um dado ruim de emprego nos EUA nas últimas sessões com vendas expressivas de papéis endossaram a alta de hoje.

O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) terminou a sessão de hoje em alta de 0,83%, a 36.665,11 pontos. Pouco antes do fim do pregão, o indicador avançava mais de 2%, mas reduziu parte dos ganhos em meio à primeira entrevista do presidente eleito dos EUA, Barack Obama. O novo presidente não anunciou nenhum nome da futura administração e afirmou que os EUA precisam de um plano de socorro para a classe média americana. Na primeira semana de novembro e no acumulado do mês o Ibovespa registra perdas de 1,59%. No ano, o Ibovespa acumula queda de 42,61%. O índice oscilou hoje entre a mínima de 36.297 pontos (-0,18%) e a máxima de 37.716 pontos (+3,72%). O giro financeiro somou R$ 3,519 bilhões.

Nos Estados Unidos, em outubro, foram cortadas 240 mil vagas, ante estimativa de 200 mil dos especialistas. Foi o 10º mês seguido de cortes, que, no acumulado do ano, já somam 1,2 milhão de postos. A taxa de desemprego também desagradou, ao subir de 6,1% em setembro para 6,5% em outubro, a mais elevada desde março de 1994. Economistas esperavam alta para 6,3%.

E nada indica que esse foi o fundo do poço no mercado de trabalho. Segundo o presidente da unidade distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Dennis Lockhart, a taxa de desemprego americana "vai subir um pouco mais", uma vez que a economia dos EUA permanecerá "substancialmente fraca" no primeiro semestre de 2009 e que os EUA estão em uma "crise financeira severa".

Hoje, no entanto, o dado de estoques serviu para endossar o humor para compras, mostrando que não importa qual seja o dado, mas a disposição do investidor em seguir um rumo. Os estoques no atacado diminuíram 0,1% em setembro nos EUA, o primeiro declínio em 11 meses. Os analistas esperavam alta de 0,4% para o indicador. Isso mostra que, apesar das previsões sobre os efeitos da crise sobre a economia real, na prática o consumo tem conseguido se sustentar.

Ações

A semana que vem começa com a expectativa do balanço da Petrobras, na terça-feira (dia 11), para o qual são esperados números fortes. Hoje, as ações da estatal petrolífera tiveram desempenho firme, ajudando a sustentar os ganhos do Ibovespa. Além do balanço, a alta do petróleo no mercado externo, de 0,44% para US$ 61,04 o barril em Nova York no contrato futuro com vencimento em dezembro, e também a projeção do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, de um volume de reservas entre 50 bilhões e 70 bilhões de barris nas áreas já concedidas do pré-sal na Bacia de Campos (RJ) contribuíram para os ganhos. Os papéis ordinários (ON) da Petrobras subiram 1,58% e os preferenciais (PN), 1,57%.

Vale, a outra blue chip do índice, no entanto, fechou em baixa, de 3,09% nas ON e 2,02% nas PN classe A (PNA). Os cortes de produção de siderúrgicas, a demanda menor esperada com a desaceleração econômica, externa e interna justificam tal desempenho.

As ações ON da Nossa Caixa tiveram a segunda maior alta do pregão, ao subir 8%. Segundo fontes, o projeto de lei que autoriza o governo paulista a vender a instituição para o Banco do Brasil já está em fase final e deverá ser encaminhado em breve para votação na Assembléia Legislativa de São Paulo.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.