04/12/2007 - 18h28
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu se descolar de Nova York, onde o mercado de ações trabalhou em baixa o dia todo, e fechou em alta. Os papéis da Petrobras e o volume fraco de negócios ajudaram a sustentar o índice no azul, assim como as ações da Vale do Rio Doce, que também subiram na maior parte do dia.O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, registrou variação positiva de 0,45%, aos 63.481,5 pontos, no sexto pregão consecutivo de alta. Neste período, a alta acumulada foi de 7,47%. No mês de dezembro, a Bovespa já subiu 0,75% e, no ano, 42,74%. O índice oscilou hoje entre a mínima de -1,31% e a máxima de +0,83%. O volume financeiro negociado totalizou R$ 4,58 bilhões, inferior ao da véspera e bem abaixo da média de novembro (R$ 6,78 bilhões).
As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras fecharam em alta de 1,73% e as preferenciais (PN, com direito a voto) subiram 1,78%, influenciadas mais por uma recuperação técnica do que por uma justificativa sólida. No exterior, o petróleo encerrou o dia em queda, na expectativa da reunião de amanhã da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O contrato para janeiro negociado em Nova York recuou 1,11%, para US$ 88,32 por barril.
No exterior, o clima hoje foi de aversão a risco, com os investidores na parte de baixo da gangorra que se tornou o mercado financeiro diante dos problemas do segmento de crédito norte-americano. É unânime a aposta de corte de 0,25 ponto porcentual no juro norte-americano na reunião de 11 de dezembro do BC americano, para 4,25% ao ano, mas a cada turbulência cresce o número de especialistas que prevêem um corte de meio ponto porcentual.
Os indicadores que sairão nos próximos dias terão grande importância para consolidar ou não esta análise, sendo que amanhã o dado de produtividade referente ao terceiro trimestre do ano já deve ser mais do que justificativa para influenciar o comportamento dos negócios.
Hoje, as previsões do banco JP Morgan de queda nos lucros das quatro maiores corretoras de Wall Street em 2008 e as projeções ruins do Goldman Sachs para o lucro das empresas listadas no índice S&P 500 ajudaram a pressionar as bolsas dos EUA para baixo. Às 18h20, o índice Dow Jones recuava 0,28%, o S&P tinha baixa de 0,37% e o Nasdaq caía 0,39%.
Claudia Violante
http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2007/12/04/ult4469u14924.jhtm